Crédito do trabalhador: milhões de pessoas buscam atendimento da Caixa

Problemas operacionais dificultam o atendimento; empregados são chamados para trabalhar no final de semana

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O programa Crédito do Trabalhador já ultrapassou R$ 1 bilhão em empréstimos nos sete primeiros dias de sua vigência. Os dados são fornecidos pela Dataprev ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Em uma semana, foram firmados mais de 200 mil contratos, entre as mais de 12 milhões de propostas de crédito enviadas pelos trabalhadores.

As empregadas e os empregados da Caixa Econômica Federal, foram, mais uma vez, chamados a trabalhar no final de semana para atender à demanda criada pelo programa do Governo Federal.

“A procura pelo crédito é muito grande. Existe uma fila enorme de clientes aguardando as propostas do banco. Os empregados estão sobrecarregados e se desdobrando para atender a demanda”, informou o diretor da Contraf-CUT e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Rafael de Castro. “O programa é de extrema importância e a Caixa precisa se movimentar no sentido de evitar que algo positivo gere frustração pela forma que os processos se desenvolvem”, completou.

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“Sempre defendemos que a Caixa precisa ampliar sua atuação no mercado de crédito, e que voltasse seus olhos para esse cliente que está nos procurando nesse momento. O banco precisa solucionar os problemas que surgirem de forma mais ágil e eficiente para permitir que os empregados atendam essa demanda que sempre lutamos para ter”, ressaltou o dirigente da Contraf-CUT.

Valorização e respeito aos empregados

“Na semana passada já havíamos cobrado o pagamento de horas-extras para quem trabalhar nos dias em que não há expediente bancário. Mas, além disso, não podemos concordar com sobrecarga de trabalho, que levam os trabalhadores à estafa, cansaço extremo e ao adoecimento, situação que é agravada por problemas operacionais e de sistemas, que impedem o atendimento de forma mais ágil”, completou.

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Outra demanda da CEE é para que o trabalho aos finais de semana para atender a demanda deve ser realizado de forma voluntária. “Sabemos da importância do programa para o país. Os empregados da Caixa sempre se colocam à disposição para ajudar no atendimento da população. Mas o trabalho aos finais de semana muda a rotina das empregadas e empregados da Caixa, que cumprem sua jornada de segunda a sexta-feira e têm o sábado e domingo para lazer, estudos e convívio familiar. Por isso, o trabalho aos sábados e domingos deve ser facultativo. Não deve haver pressão do banco para o trabalho aos finais de semana”, disse Rafael, ressaltando que, pelo caráter voluntário de participação, os empregados devem entrar em contato com seu sindicato caso haja pressão para comparecimento, em especial quem cumpre a jornada em trabalho remoto.

“Reconhecer os empregados que se disponham a ajudar na ação com o pagamento integral das horas-extras é mais do que justiça, é reconhecer que a Caixa, como principal agente de políticas públicas do governo, valoriza a força de trabalho de seus milhares de empregados”, concluiu.
 

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