Lucro do Inter cresce 706%, mas banco demite e sobrecarrega funcionários
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O número de clientes aumentou em 5,4 milhões nos últimos doze meses, entretanto, banco reduziu 511 postos de trabalho
No 1º trimestre de 2024, o Inter registrou lucro recorde de R$ 195,2 milhões, crescimento de 706,2% em relação ao mesmo período de 2023. Além disso, a Carteira de Crédito atingiu R$ 32,1 bilhões, com alta de 27,9% em doze meses. No entanto, apesar dos resultados recordes, funcionárias e funcionários sofrem com sobrecarga de trabalho e cobrança excessiva de metas. Veja a análise completa feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) aqui.
O número de clientes do Inter aumentou em 5,4 milhões nos últimos doze meses, chegando a 31,7 milhões no primeiro trimestre do ano. No mesmo período, porém, o banco reduziu 511 postos de trabalho, o que revela um aumento nas demandas de trabalho de cada funcionário. O relatório do Dieese demonstrou que, para cada funcionário, são 5,2 mil clientes.
"O Banco Inter comemora uma 'melhora da produtividade' que, na verdade, representa a exploração dos trabalhadores. O número de clientes subiu mais de 5 milhões em doze meses, enquanto caiu o número de funcionários. Isto significa sobrecarga de trabalho e adoecimento. É absurdo celebrar que haja 5.200 clientes para cada bancário", criticou Liliam Diniz, funcionária do Inter e diretora do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte.
Para Marco Aurélio Alves, outro diretor do Sindicato de BH, o lucro recorde do Inter é reflexo de toda dedicação e empenho das bancárias e dos bancários. “Infelizmente, ainda recebemos denúncias dos trabalhadores sob extrema pressão para o cumprimento de metas cada vez mais absurdas impostas pelo banco. Nesse sentido, a participação nos lucros e o PCPR deste ano devem simbolizar não apenas um valor a mais na conta bancária, mas sim a valorização e respeito a todos os funcionários", afirmou.
Fonte: Seeb BH